Informativo dos alunos do curso de Letras da FIP / UNIBR

"Tudo está na educação. O pêssego dantes era uma amêndoa amarga; a couve-flor não é mais do que uma couve que andou na universidade."

"Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo."

"Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espírito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa."

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Como ler livros:


Quando Mortimer Jerome Adler (1902-2001), um dos mais importantes filósofos da educação norte-americanos do século 20,decidiu, aos 14 anos, abandonar a escola, foi trabalhar no jornal New York Sun porque seu sonho era ser jornalista.



Três anos depois, inscreveu-se em um curso de extensão na Columbia University porque pretendia aprimorar sua escrita e, assim, estar mais capacitado para exercer a profissão que escolhera. Entretanto, seu contato com a obra de grandes pensadores, como São Tomás de Aquino e John Stuart Mill e, sobretudo, a impressão que os Diálogos de Platão lhe causaram fizeram-no querer ser filósofo.



Matriculou-se então na mesma universidade e dedicou-se seriamente aos estudos, completando os créditos de quatro anos em apenas três e impressionando os professores com a qualidade de seus textos. No entanto, por ter-se recusado a frequentar as aulas de ginástica e não fazer a prova final de natação, embora tenha concluído a graduação, não pôde receber seu diploma de bacharel, relata Timothy P. Ross, no obituário de Adler no site da Universidade. Esse fato, entretanto, não impediu que fosse convidado a lecionar Psicologia nessa mesma instituição e, em 1928, recebesse seu Ph.D.



Dois anos depois, a convite do reitor Robert Hutchins, Adler se transferiu para a Universidade de Chicago, onde deu início a seu grande projeto de reformulação do ensino nos Estados Unidos, desenvolvendo um currículo para os cursos de graduação em ciências humanas baseado exclusivamente na leitura dos clássicos. Para ele, um dos pilares, não só da democracia norte-americana, desde os pais fundadores, mas da formação do cidadão era a leitura, a qual passou a tratar de forma sistemática, incentivando-a de várias formas. Uma delas deu origem a um de seus mais conhecidos livros, dentre os mais de 50 que escreveu ao longo da carreira: How to read a book: the classic guide to intelligent reading.



Lançado originalmente no primeiro semestre de 1940, manteve-se por mais de um ano na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos e foi traduzido para diversos idiomas, sendo reeditado com alguns acréscimos em 1967. No entanto, mesmo sendo uma das principais referências na área, Adler percebeu que, se o livro era necessário na década de 40, decorridos mais de trinta anos a premência de elevar os níveis de capacidade nessa arte era muito maior em 1970 devido a três fatores: 1) o número de matrículas no ensino médio crescera de modo expressivo em um período relativamente curto sem que os alunos tivessem aprendido realmente ler; 2) as aulas de leitura precisavam ser ministradas, às vezes, a 75% desses estudantes, situação que se repetia no ensino superior; e 3) eram necessárias aulas de reforço para que os estudantes atingissem o nível de leitura que já deveriam ter dominado no fim do ensino fundamental, explica ele no “Prefácio”, numa avaliação que guarda certa semelhança com a realidade do ensino no Brasil (em particular com os dados divulgados em 7/12/2010, sobre o desempenho de 20 mil estudantes brasileiros no Programa Internacional de Avaliação de Alunos – Pisa na sigla em inglês – em que apenas 20 alunos, ou 0,1% atingiram a nota máxima, 6, e 50% não atingiram sequer o nível 1, o mais baixo).



Segundo Adler, “O livro foi reescrito porque pontos como novas perspectivas dos problemas relacionados ao aprendizado da leitura, uma análise muito mais compreensiva e a formulação de novas regras para a leitura são tópicos que não foram adequadamente discutidos antes e demandam nova exposição”. Para essa tarefa, ele contou com a colaboração de Charles Van Doren (1926-), também professor e filósofo, que com ele conduziu grupos de discussão sobre livros clássicos e seminários em Chicago, San Francisco e Aspen.



A arte de ler

Se o objetivo de todo escritor é ser “apanhado” pelo leitor, mesmo que muitas vezes pareça justamente o contrário, dada a complexidade de alguns textos, então, dizem Adler e Van Doren, nesse ponto a técnica do autor e a do leitor convergem para um objetivo comum: o entendimento. E esse entendimento só será possível se a leitura for encarada como o que de fato é: uma atividade que implica uma ação do leitor, que depende essencialmente de sua dedicação, de seu empenho intelectual, e cujo sucesso será proporcional àquilo que ele conseguir apreender do texto.



Para auxiliar os leitores interessados em crescer intelectualmente, os autores desenvolveram o método dos quatro níveis de leitura – elementar, inspecional, analítico e sintópico –, que propicia “diferentes maneiras de abordar os tipos diferentes de leitura: livros práticos e teóricos, literatura imaginativa (poesia lírica, épicos, romances, peças teatrais), história, ciências e matemática, ciências sociais e filosofia, assim como obras de referência, jornalismo e até publicidade”.



1.o nível 1, leitura elementar ou rudimentar, sugere que a pessoa se alfabetizou, aprendeu os rudimentos de arte de ler e recebeu o treinamento básico para a leitura; nesse nível a pergunta-chave a ser respondida é “O que a frase diz?”.
2.onível 2, leitura inspecional ou pré-leitura, tem como fator principal o tempo, pois essa leitura pressupõe determinado período no qual temos de ler certos trechos para extrair o máximo do livro; é a arte de folheá-lo sistematicamente, examinando sua superfície. As perguntas-chave são: “O livro é sobre o quê?”, “Qual é a estrutura do livro” e “Que tipo de livro é este?”.
3.o 3 nível, leitura analítica, é aquele em que a atividade é mais complexa e sistemática, quando comparada aos anteriores; depende das dificuldades do livro a ser lido e pode exigir muito ou pouco do leitor; trata-se da leitura completa, a melhor possível num período de tempo ilimitado. Ela suscita muitas perguntas, segundo o tipo de livro que se tem em mãos (elencadas na Parte 2 do livro).
4.o quarto nível, ou leitura sintópica, é o tipo mais complexo, e também pode ser encarado como uma leitura comparativa, pois implica muitos livros, ordenados em relação a um assunto determinado. Vai além da comparação, pois habilita o leitor a fazer uma análise que talvez não esteja em nenhum dos livros. É o nível mais ativo, trabalhoso e, portanto, o mais compensador de leitura.


Exemplos de cada um desses níveis e vários exercícios estão nos Apêndices, onde os autores também inseriram uma relação de obras recomendadas para leitura.



“O livro é um tesouro de pistas e métodos de trabalho intelectual”, um manual abrangente de técnicas de leitura” que associa “a profundidade da análise com a cobertura da extensão dos gêneros”, afirma o professor José Monir Nassar, no texto introdutório a esta nova tradução, a terceira feita no país. As anteriores, esgotadas assim que publicadas, datam de 1990 e 2000, e mantiveram o título como no original: Como ler um livro.



É importante observar, no entanto, que, além da sutil alteração do título para Como ler livros, a leitura precisa ser atenciosa, porque aqui ou ali se pode encontrar uma escorregadela, como na p. 32, em que se lê “Os dois passos de leitura analítica aqui delineados podem ser encarados como uma espécie de antessala para a leitura analítica”, quando, de acordo com o original, o correto seria, “Os dois estágios da leitura inspecional podem ser considerados...”, como se pode ler na p. 46, da primeira edição revista e atualizada publicada pela Editora Guanabara, em 1990, e traduzida por Aulyde Soares Rodrigues.


Como ler livros: um guia clássico para a leitura inteligente
Mortimer Jerome Adler e Charles Van Doren
Tradução: Edward Horst Wolff e Pedro Sette-Câmara
Editora É Realizações
432 páginas

domingo, 27 de março de 2011

A Febre Das Redes Sociais

Por Jardel Lima


Eric Schmidt, CEO do Google, garante que a cada dois dias é gerada tanta informação quanto a produzida pela humanidade em toda sua história até o ano de 2003. Grande parte desse excesso parte da internet, mais especificamente das redes sociais. Mas se você está achando que elas se resumem a Orkut, Facebook e Twitter, está muito enganado. Existem muitas comunidades interessantes e promissoras por aí. Então resolvi mostrar aqui as 3 redes que trazem um bom conteúdo e podem oferecer mais do que apenas amizades.


 Skoob, para os amantes de literatura.
 Essa rede é muito interessante para quem lê bastante e quer se organizar. No Skoob(‘books’ ao contrário), você pode compartilhar tudo o que você já leu e fazer uma lista de títulos que pretende ler.


 PlugEdu, para professores e educadores.
No PlugEdu, as pessoas que trabalham em áreas da educação (professores, diretores, coordenadores, auxiliares de sala, etc.) podem criar seu perfil. O legal desta rede é a quantidade de informações que você pode colher e passar para os outros membros da rede ( fórum de debates, blogues, bate-papo, eventos, etc.) além do básico que todas as redes sociais tem em comum.


 Portal do Voluntário, para contribuir com a sociedade.
A rede tem o propósito de ajudar a fazer o bem na forma de doar um pouco do seu tempo. As ações/campanhas como são chamadas, buscam voluntários para as mais diversas campanhas ou você mesmo pode divulgar e pedir ajuda com alguma obra assistencial do seu bairro e até criar a sua própria campanha. O Portal do Voluntário ainda trás diversos links de grandes instituições que fazem trabalho voluntário que você também pode ter acesso.







sexta-feira, 18 de março de 2011

EXPO CIEE 2011

Por Jardel Lima

Decorrerá na capital de  São Paulo, no Pavilhão da Bienal do Ibirapuera, dias 27 de Maio e 28 de Maio de 2011, a 14ª Feira do Estudante – Expo CIEE 2011. O evento já acontece na capital paulistana desde 1997 e tem como objectivo integrar empresas, escolas e estudantes.
São inúmeras oportunidades de empregos, estágios, cursos, workshops, palestras, congressos e muito mais. A cada ano a  Feira do Estudante – Expo CIEE atrai cada vez mais milhares de estudantes em busca de informações e oportunidades em suas áreas acadêmicas. Imperdível!

O banner oficial da feira da CIEE.


quarta-feira, 16 de março de 2011

ExpoBelta 2011

Por Jardel Lima

Principal feira de intercâmbio do país será realizada em março, apresentando o que há de melhor em educação internacional para os brasileiros.


 Outro país com participação de destaque neste ano será o Chile, que trará seis universidades de Valparaíso e Viña Del Mar. Além de Reino Unido e Chile, os principais líderes em educação internacional no mundo já confirmaram presença na ExpoBelta, como Estados Unidos, Canadá, França, Austrália, Holanda, Alemanha, Nova Zelândia, Espanha, Argentina, África do Sul, entre outros.
A ExpoBelta, mais importante feira de intercâmbio do país, será marcada, em sua 12ª edição, pela qualidade e variedade de opções de estudo no Exterior. Realizada nos dias 19 e 20 de março em São Paulo e no dia 22 do mesmo mês em Belo Horizonte, terá como país convidado o Reino Unido, além de representantes de mais de 50 países.
"Será uma grande oportunidade para se conhecer o que o mundo tem de melhor em educação internacional, para entrar em contato com as melhores agências e operadoras de intercâmbio do país e para falar diretamente com escolas do Exterior. Será possível também, durante a ExpoBelta, conversar com  profissionais de órgãos oficiais sobre vistos, sistemas de ensino em seus países e programas que oferecem", disse Maura Leão, presidente da Belta (Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Educacionais e Culturais), organizadora do evento.
O Reino Unido, país convidado deste ano, que ficará em espaço privilegiado e contará com auditório de palestras exclusivo, quer mostrar para o brasileiro toda a variedade e qualidade do sistema educacional britânico. "Temos 500 instituições de ensino e 600 mil cursos diferentes. Vamos trazer para o Brasil desde cursos de idioma até graduação, pós, mestrado, especializações etc. Pela primeira vez, em uma única feira, iremos colocar juntos todos os tipos de cursos oferecidos pelo Reino Unido", disse Rodrigo Gaspar, gerente de promoção de educação do British Council. Uma das universidades mais tradicionais de Londres, a University of the Arts London, já confirmou presença.
Durante a ExpoBelta ocorrerá também palestras e workshops com especialistas de diversos países sobre temas relevantes para a educação internacional e concursos para bolsas de estudo.





São Paulo
Local: Centro de Convenções
Frei Caneca
Endereço: Rua Frei Caneca, 569
Data: 19 e 20 de março
Horário: das 14h às 19h

Belo Horizonte
Local: Centro de Convenções
Mercure Lourdes
Endereço: Av. do Contorno, 7315
Data: 22 de março
Horário: das 15h às 21h

Mais informações:

domingo, 13 de março de 2011

Como Elaborar Um Currículo de Estágio?

Por Jardel Lima

Como um estudante, que busca uma oportunidade de estágio, pode montar um currículo interessante? Como ele pode driblar a ausência de experiências profissionais e, ainda assim, mostrar-se interessante o suficiente a ponto de ser contratado por uma empresa?

A primeira peneira em várias seleções de estágio e trainee é a análise de currículo. Mas, para quem nunca trabalhou e não vem de uma universidade de ponta, isso significaria pontos a menos desde o início?

Não, dizem as consultoras ouvidas pelo Letras Letais. O currículo é um espaço em que o estudante pode mostrar outras habilidades e experiências que vão além do nome da faculdade em que estuda.

Em primeiro lugar, não se pode falar de currículo, mas sim de currículos: tenha um para cada área em que queria atuar, senão o recrutador vai achar que você anda atirando para todos os lados. O que vai mudar, basicamente, é o item Objetivo.

Quer atuar em um banco? Defina se quer a área financeira, de crédito ou de risco, por exemplo. "Você pode também, ao hierarquizar as informações dos itens do currículo, mostrar primeiro aquelas atividades ligadas à área", diz Renata Perrone, gerente de consultoria da assessoria de recursos humanos Ricardo Xavier.

Resuma tudo em uma única página e redobre as atenções com erros de português. E, a menos que você já tenha muita habilidade com criações gráficas e esteja concorrendo a vagas nessa área, não invente: use um tipo de letra já conhecida (as especialistas ouvidas pelo Letras Letais sugerem Arial), de tamanho padrão (12) e na cor preta. "O candidato não pode ser lembrado pelo formato muito diferenciado do currículo, e sim pelas informações que está nele", diz a gerente da Ricardo Xavier.
O primeiro item é o nome do profissional, num tamanho de letra um pouco maior do que a usado no restante do texto (corpo 14, por exemplo). Em seguida vêm os dados pessoais: nacionalidade, idade (e não o ano em que nasceu, para evitar que o recrutador tenha de fazer contas), estado civil e os contatos (endereço, com bairro e CEP, telefone, celular e e-mail).

Importante: a conta de email tem de ser algo profissional: não use e-mails que tenham brincadeiras ou apelidos. Foto? Só inclua se a empresa pedir. Documentos? Não precisa. Isso ocorria porque as organizações buscavam o perfil de candidatos em cadastros de credores ou criminais, o que agora está proibido por lei.

No que você é bomCarmen Alonso, coordenadora de treinamentos corporativos do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), diz que o currículo pode ter também uma categoria chamada de Qualificações, logo após o Objetivo, em que o candidato pode listar suas quatro principais competências.

Mas como saber quais são elas? "Pela sua vocação. Veja o que faz na escola ou pergunte à família e aos professores. São habilidades como liderança, dinamismo, pontualidade, boa administração do tempo, facilidade de relacionamento interpessoal, perfil analítico [mais técnico], organização e foco em resultados", diz.

Para a coordenadora do Nube, os conhecimentos de informática também podem entrar aí. Já Renata Perrone acredita que seja bom criar um item Informática, mais perto do fim do currículo, descrevendo os programas que domina -- os mais requisitados são Office, PowerPoint e Excell.

Na Formação acadêmica, se ainda estiver estudando, indique a previsão de conclusão do curso, e não o semestre ou o período que cursa. O recrutador não pode ter dúvidas quanto ao tempo restante para o fim da graduação.

Na categoria Idiomas, nada de humildade excessiva. "Se você já fez algum curso de línguas na vida, mesmo que seu nível seja muito básico, tem de colocar, porque já é um diferencial", diz Renata Perrone. Por outro lado, não diga se é fluente caso não domine muito bem a língua. Vale mais escrever que está cursando o nível intermediário ou avançado.

Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), que em 46 anos já encaminhou 10 milhões de estudantes para estágio, a dica é valorizar aspectos como atividades extracurriculares e voluntariado, lembrando sempre que a escolaridade, nesse caso, é o quesito que menos importa, pois os concorrentes serão muito parecidos.


Noely David, supervisora de Processos Especiais do Ciee, recomenda a divisão do currículo em quatro partes. Na primeira, o estudante deve cuidar do cabeçalho, que deve incluir os dados pessoais (nome, endereço, telefone, e-mail). Na segunda, detalhar a formação acadêmica (escola, curso e ano).


Na terceira, o jovem deve relatar experiências práticas (se tiver, claro), sempre da mais recente para as antigas. Na quarta e última parte, adicionar informações, como conhecimento de idiomas e de informática, trabalho voluntário, práticas esportivas, etc. “Não é preciso assinar o currículo. Basta colocar o mês e o ano”, orienta a supervisora.

Uma boa estratégia para impressionar favoravelmente o recrutador é relacionar as informações do currículo com o estágio pretendido e a empresa.

De acordo com Noely, como quase todos os estudantes têm pouca experiência laboral, é melhor citar as características de comportamento que diferenciem o candidato, como prêmios recebidos e atividades extraclasse: atuação em diretórios acadêmicos (ter sido representante de turma mostra capacidade de negociação e relacionamento interpessoal) ou prática de esportes (indica disciplina, persistência, habilidade de atuar em equipe) contam pontos.

 
Segundo ela, é importante atentar pela estética e revisão do currículo, que não deve ter erros gramaticais. É recomendável ter cuidado na hora de enviar o documento pela internet. Ele deve ser endereçado para a empresa na qual o jovem tenha real interesse.

“É desaconselhável enviar uma apresentação com a lista de destinatários visível, especialmente se for uma relação de setores de recursos humanos de diversas companhias”, analisa Noely.


Entre todas as dicas, a supervisora considera como a mais importante “dizer sempre a verdade”. Se o currículo for selecionado, todas as informações nele contidas serão checadas e um dado falso pode destruir qualquer possibilidade de conquista da vaga, alerta.

Dos muitos modelos de currículos, coloquei aqui alguns que podem servir de exemplos e podem ser modificados e se adequarem a cada um dependendo do que procuram. Vale lembrar que são só modelos e vale seguir as dicas acima e modificá-los a gosto. Ainda no site baixaki e no zig dowload também tem modelos legais, importante pesquisar.
Download – Modelo de Curriculum 1 – Preenchido
Download – Modelo de Curriculum 2 – Preenchido
Download – Modelo de Curriculum 3 – Preenchido
Download – Modelo de Curriculum 4 – Didático
Download – Modelo de Curriculum – Estágio

segunda-feira, 7 de março de 2011


Sesc Pinheiros promove encontro de leitores e novos autores com escritores veteranos para bate-papo



Levando-se em conta as várias plataformas, dispositivos e suportes para a criação e distribuição da produção literária nacional, o Sesc Pinheiros desenvolveu o projeto "Escritores de Quinta", um espaço voltado para a apresentação, crítica, debate e produção literária multimídia. Realizado mensalmente, sempre em uma quinta-feira, tem curadoria dos escritores Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira.


"O projeto tem como foco a reflexão crítica sobre o trabalho de novos escritores e os modos e meios como a literatura é produzida hoje", diz André Dias, responsável pela programação de literatura do Sesc Pinheiros. "Ele incorpora os formatos dos encontros literários que acontecem no circuito alternativo, permeado pela informalidade e pela simultaneidade de apresentações de obras, ideias e debates", completa.


As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (11) 3095-9492 ou pelo site http://bit.ly/escritoresdequinta1

SERVIÇO:



Escritores de Quinta (Grátis)
Curadoria: Bruno Cobbi, Edson Rossatto e Nelson de Oliveira
17/03/2011, das 19h30 às 22h00
Local: Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195 - São Paulo - SP - (11) 3095-9400
Inscrições: Tel. (11) 3095.9492 (Sala da Internet Livre - 2º andar) / http://bit.ly/escritoresdequinta1

domingo, 6 de março de 2011

Afinal, o que é linguística Aplicada


o tema aglutinador é algo que tem despertado muita atenção entre os estudiosos nos últimos tempos, tanto aqui no Brasil como lá fora – a saber, a questão da natureza exata da Linguística Aplicada (LA) enquanto disciplina acadêmica. Tendo conseguido, já há algum tempo, sua autonomia institucional, a LA continua buscando melhor compreensão da sua identidade e especificidade enquanto área do saber. Os pesquisadores não se contentam mais encarando a LA como o ponto de encontro de várias outras disciplinas, visão essa que veio a suplantar a chamada postura "Brumfit-Widdowson", que procurava frisar a emancipação da disciplina em relação à linguística teórica. Lars Sigred Evensen, em sua contribuição ao volume, resume a atual tendência nas seguintes palavras: "Estamos atuando em um campo multidisciplinar (no sentido mais estrito desse termo) ou participamos do desenvolvimento de uma transdisciplina emergente (de uma ciência exclusiva, em termos não-tecnológicos)? Se tal, quais são as características dessa determinada transdisciplina?" (pp. 81-2). A palavra transdisciplinaridade ou uma de suas variantes morfológicas está presente nos títulos de nada menos que 4 dos 10 trabalhos e também nos títulos da metade das 4 partes, e todos os autores, sem exceção, tocam no assunto direta ou indiretamente, no decorrer dos seus textos. Isso não só justifica o título dado ao próprio volume, como também demonstra grande interesse, por parte dos pesquisadores que contribuíram para o volume, de interrogar a constituição e o estatuto da LA e os rumos que ela deve tomar daqui em diante.
As 4 partes do volume têm os seguintes títulos: LA: Agendas em Discussão, Do Disciplinar ao Transdisciplinar em LA, Significados Atribuídos à Transdisciplinaridade, e Dois Congressos e o Mesmo Tema. Dois trabalhos, de autoria, respectivamente de Alastair Pennycook e de Angela B. Kleiman, compõem a 1ª Parte. O de Pennycook, originalmente publicado em 1990 na revista Issues in Applied Linguistics, pleiteia uma postura abertamente crítica, ao passo que o segundo se preocupa mais em rastrear o percurso trilhado pela LA desde o começo da sua existência como disciplina autônoma.
A Parte 2 do volume também contém dois trabalhos. O primeiro, assinado por Lars Sigfred Evensen, discute a questão da transdisciplinaridade da LA e conclui apontando para a mudança de enfoque em curso na LA de teoria para problemas específicos e ressaltando a necessidade de compreender melhor a relação dialética existente entre a pesquisa básica e a pesquisa aplicada. O trecho citado no início desta resenha foi extraído desse trabalho do autor, que foi originalmente apresentado no Congresso da AILA em 1966. O segundo artigo, da autoria de Inês Signorini, procura definir o objeto das pesquisas em LA. A autora vê uma clara vantagem em se ter "um objeto múltiplo e complexo" (p. 107) porque isso tem como conseqüência "a inevitável exposição à multiplicidade de paradigmas que constituem o universo científico contemporâneo" (p.108).
Os 3 artigos que compõem a Parte 3 do volume são assinados, respectivamente, por Luiz Paulo da Moita Lopes, Maria Antonieta Alba Celani, e Silvana Serrani-Infante. Cada um procura analisar o próprio conceito de transdisciplinaridade e a sua pertinência às pesquisas feitas em LA. Moita Lopes coloca em discussão a possibilidade de a LA vir a ser genuinamente transdisciplinar. O autor faz restrições à caracterização apressada da LA como transdisciplinar e lança mão da hipótese de que a atual situação da indefinição talvez deva ao fato da LA ser ainda "uma área de investigação relativamente nova"(p. 127). Com base em sua ampla experiência como pesquisadora e pioneira no campo, Celani se mostra mais segura e confiante ao reivindicar o caráter transdisciplinar da LA, tese já defendida em outras oportunidades como em (Celani, 1992). Em suas palavras, "A Lingüística Aplicada parece ter vocação para uma atitude transdisciplinar. Essa preocupação com o social, com o humano, há tempos tem sido objeto de pesquisas em Lingüística Aplicada e, de fato, é componente fundamental na definição da disciplina"(p.133). O trabalho de Serrani-Infante discute a questão da articulação teoria-prática à luz dos resultados parciais de um projeto de pesquisa em curso na UNICAMP.
A Parte 4 é composta de 3 artigos de depoimento que relatam as experiências dos autores em recentes congressos na área de LA. A primeira, da autoria de Inês Signorini, faz um apanhado do IV Congresso Brasileiro de Lingüística Aplicada, realizado em 1995 na UNICAMP. Os últimos dois, de Diane Larsen-Freeman e Marilda C. Cavalcanti, discutem o 11º Congresso Internacional de Lingüística Aplicada (AILA) que ocorreu em Jyväskyla, Finlândia, em 1996. Ambas as autoras destacam a grande dispersão e heterogeneidade que atualmente caracterizam as pesquisas em LA. Diz Larsen-Freeman: "Uma idéia que parece ser propagada, atualmente, é a concepção de que as coisas estão interligadas de maneiras extremamente complicadas e sensíveis" (p. 187). Cavalcanti frisa o caráter eminentemente político da divisão do bolo de conhecimento em disciplinas e assinala que "A Lingüística Aplicada mostra faces diferentes em países diferentes e, como em outras áreas, isso se deve à maneira como a segmentação de conhecimento é politicamente decidida nas universidades" (p. 207).
Sem sombra de dúvida, livros como este são bem-vindos sobretudo diante das incertezas e falta de definição que ainda pairam sobre LA. Os autores, cada um do seu ponto de vista, se esforçam para formular um certo posicionamento em relação à transdisciplinaridade que é a palavra de ordem, já há algum tempo. A falta de unanimidade não é, como alguns podem pensar, necessariamente sinal de imaturidade, nem tampouco, fenômeno típico que se observa em disciplinas recém-emancipadas. Muito pelo contrário, sou de opinião de que é justamente a ausência de dissensão, de diferenças fundamentais, que sinaliza estado moribundo e preocupante de um campo de conhecimento.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Língua de sinais



Libras é a sigla da Língua Brasileira de Sinais

As Línguas de Sinais (LS) são as línguas naturais das comunidades surdas.

Ao contrário do que muitos imaginam, as Línguas de Sinais não são simplesmente mímicas e gestos soltos, utilizados pelos surdos para facilitar a comunicação. São línguas com estruturas gramaticais próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são compostas pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

O que é denominado de palavra ou item lexical nas línguas oral-auditivas são denominados sinais nas línguas de sinais.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade visual-espacial.

Assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá aprender uma outra língua, como o Francês, Inglês etc.

Os seus usuários podem discutir filosofia ou política e até mesmo produzir poemas e peças teatrais.