Informativo dos alunos do curso de Letras da FIP / UNIBR

"Tudo está na educação. O pêssego dantes era uma amêndoa amarga; a couve-flor não é mais do que uma couve que andou na universidade."

"Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo."

"Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espírito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa."

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

domingo, 29 de julho de 2012

Lição chinesa para a educação


Por Jardel Lima

Estude mais de dez horas ao dia e tire 10. Não menos que isso. Tenha inglês impecável. Seja fluente em francês e em outro idioma. Cante o hino do país todos os dias. E leia, leia muito. Essa rotina pode ser exagerada para você, mas saiba que na China, ela é mais do que comum.

De acordo com os resultados do exame de avaliação de aprendizado mundial, o PISA, os chineses estão em primeiro lugar em todas as categorias: ciências, leitura e matemática. Não é à toa que o país tem o ensino mais eficaz do mundo, eles se acostumaram com essa educação rígida desde a infância e sentem orgulho de formarem os alunos mais aplicados.

Os estudantes sofrem uma pressão muito grande no país, é uma obsessão coletiva pela melhor educação do mundo. A principal diferença entre o Brasil e a China não está na estrutura, mas na mentalidade. O governo chinês, por exemplo, investe apenas 3,4%  do Produto Interno Bruto (PIB) na educação – menos do que os 4,7% do PIB que o Brasil investiu em 2010. A partir desta análise podemos entender a filosofia deles. “Se você se esforçar, tudo consegue”. É esse o raciocínio.

Por isso, com base na matéria da Revista Galileu, vem à tona uma discussão: seria essa severidade o segredo para uma educação de qualidade? Vocês acham que isso iria funcionar no Brasil?

Táticas de uma entrevista


Por Jardel Lima

Na hora da entrevista, ficou comum os entrevistadores se depararem com candidatos que já chegam com respostas prontas, decoradas e ensaiadas como a cena de uma novela. Isso os obrigou a desenvolver novas maneiras para descobrir o que realmente está por trás de cada um.
Aqui estão 10 truques que os recrutadores usam para desmascarar os entrevistados.

1 – Silêncio
Quando você para de falar, alguns entrevistadores continuam intencionalmente em silêncio para ver se você permanecerá falando ou ficará quieto. A maioria das pessoas fica tão desconfortável com o silêncio que tentam fazer o possível para preenchê-lo concedendo informações que às vezes, de tão sinceras, podem prejudicá-los. Então qual seria a melhor estratégia nesse caso? Se a pessoa que está te entrevistando ficar em silêncio, devolva-o a ela. Se em dez segundos ela não reiniciar a conversa, pergunte se a resposta que você deu foi suficiente.

2 – Simpatia ao extremo
Bons entrevistadores querem baixar sua guarda. Deixar-lhe a vontade lhes permite uma ideia melhor a seu respeito, além de ajudar a perceber suas “derrapadas”. Isso não significa que não deve relaxar, mas você precisa ter em mente que não está em um bate papo com amigos, mas em uma entrevista.

3 – Perguntar: “O que você sabe sobre nós?”
Os entrevistadores perguntam isso porque querem saber se você fez seu dever de casa. Se você não tiver se preparado para entrevista, por estudar tudo sobre a empresa, essa pergunta revelará a verdade.

4 – Perguntar: “Por que quer sair do seu emprego atual / por que saiu do seu último emprego?”
Com essa pergunta os entrevistadores querem saber se você vai sair ou já saiu do seu emprego em circunstâncias ruins e se está disposto a falar mal do outro empregador.

5 – Perguntar: “Tem disponibilidade para início imediato?”
Você pode pensar que expressar o desejo de começar imediatamente contribuirá a seu favor. Mas se indicar que irá sair do emprego sem avisar seu chefe com pelo menos duas semanas de antecedência, os entrevistadores presumirão que um dia você também fará isso com eles.

6 – Perguntar: “Você pode me enviar isso?”
Se o entrevistador te pede para enviar alguma informação posteriormente, por exemplo, um artigo que você escreveu, certifique-se de fazê-lo. Ele pode estar observando sua capacidade de se lembrar de compromissos, mesmo que não sejam tão importantes.

7 – Te deixar com a recepcionista
Alguns candidatos dizem coisas à recepcionista que nunca diriam aos entrevistadores: falam sobre a balada, o que realmente estão achando da vaga concorrida e até podem flertar de forma inadequada. Entrevistadores bons e espertos sempre vão perguntar à recepcionista ou outros que também estiveram em contato com você sobre a impressão que tiveram a seu respeito.

8 – Perguntar: “Você foi demitido? Outros foram demitidos com você?”
“Muitos do seu departamento foram demitidos também?”. Provavelmente essa não é uma pergunta inocente, mas uma tentativa de descobrir se seu empregador anterior o demitiu por baixo desempenho.

9 – Perguntar: “Qual o trabalho dos seus sonhos?”
Se começar a falar sobre seu sonho de protagonizar um filme, seus anseios políticos e coisas desse tipo, o entrevistador – pelo menos a maioria deles – irá pensar que você não está realmente comprometido com a posição que eles estão contratando.

10 – Perguntar: “Você tem alguma pergunta?”
Ok, isso realmente não é um truque. Mas muito de você pode ser revelado ao entrevistador pelas perguntas que fizer. Você se concentra em benefícios, remuneração e horas, ou você está curioso sobre o trabalho em si? Os entrevistadores querem ouvir perguntas sensatas sobre o trabalho, cultura e a organização. Perguntas revelam se você está tentando descobrir se realmente pertence aquele lugar.

Fonte: Money

quarta-feira, 13 de junho de 2012

FIP Agora é UNIBR

Por Jardel Lima

Já está mais que consolidado a UNIBR na Faculdades Integradas Paulista, com ela veio muitas mudanças que agradaram a grande maioria dos, muitos eventos extra classe, exposições, teatro e a continuidade do sarau que iniciou com minha turma e nesse ano foi a turma do 3º semestre que se apresentou de forma muito divertida e com grande qualidade. Tudo isso sem contar os cursos reconhecidos pelo MEC e com excelente nota, coisa que só veio consolidar o que já era sabido, uma faculdade pequena no tamanho mais com excelente qualidade é só constatar nosso corpo docente formado por mestres e doutores que nos dão muito orgulho de aprender com eles.
E para os que querem ingressar o vestibular já está a todo vapor para o segundo semestre, vale a pena conferir.


domingo, 29 de abril de 2012

Resumo das Greves

Por Jardel Lima

Depois de meses turbulentos de greves e paralisações, reunimos as notícias de todos os estados, para fazer uma reflexão a respeito de tudo que a categoria dos professores estão reivindicando. Vale lembrar que o plano de carreira que praticamente não existe é a maior reivindicação e também a profissionalização da categoria.

Os professores da rede pública de Teresina, Belo Horizonte, São Paulo, Natal e São Luís estão em greve para reivindicar, entre outras coisas, a garantia do reajuste de 22,22% do piso salarial nacional (que chega a R$ 1.451,00), estipulado pelo Ministério da Educação (MEC) em 27 de fevereiro deste ano. A categoria também está parada no Piauí. No Distrito Federal, professor recebe acima do piso nacional, mas permanece pedindo reajuste salarial.
O valor é para remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão do MEC é retroativa para 1º de janeiro deste ano. A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. As administrações estaduais e municipais podem usar recursos federais para complementar a folha de pagamento, mas desde 2008 nenhum deles comprovou falta de verbas para esse fim.

Em São Paulo
A Secretaria da Educação da cidade de São Paulo divulgou na noite de segunda-feira (2) que a adesão à greve na rede municipal de ensino atingiu apenas 10% das unidades. A estimativa é bastante diferente da do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal (Sinpeem), segundo o qual pararam 60% dos funcionários – o que inclui professores, gestores e quadro de apoio.
A paralisação deve durar até esta quarta-feira (4), segundo o sindicato, que convocou uma assembleia para a mesma data, quando será votada a retomada das atividades. A categoria reivindica a antecipação da aplicação dos índices de reajustes previstos para 2013 (10,19%) e 2014 (13,43%). Outro objetivo é pressionar para que a Prefeitura garanta aos funcionários dos Ceis, que cuidam de crianças de 0 a 3 anos, direito às férias em janeiro e aos recessos escolares.

Minas Gerais
Em Belo Horizonte, educadores infantis das Unidades Municipais de Educação estão em greve desde 14 de março deste ano, quando foi iniciada a paralisação nacional de professores pela defesa do piso salarial. Em 19 de março, a categoria anunciou que a greve seria mantida.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sindrede-BH), os educadores reivindicam equiparação da carreira à de professor da rede municipal, com todas as garantias e benefícios recebidos pelos colegas. O educador infantil recebe R$ 1.030,35, já o professor ganha R$ 1.676,03 pela carga horária semana mínima de 22 horas e 30 minutos.
Em nota, a prefeitura de BH informou que cumpre na íntegra a Lei do Piso Salarial Nacional e que encaminhou à Câmara Municipal um Projeto de Lei que propõe transformar o cargo de educador infantil em professor da educação infantil. Entretanto, o Sindrede-BH alega que tal proposta não atende à solicitação dos educadores. De acordo com a administração municipal, não é possível igualar os salários por se tratar de dois cargos de natureza diferente. O cargo de educador infantil exige o magistério e o de professor exige curso superior.


Distrito Federal
Os professores decidiram manter por tempo indeterminado a greve iniciada no dia 12 de março durante assembleia realizada na manhã desta terça-feira (3) na Praça do Buriti, no Distrito Federal. O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) informou que vai se reunir com representantes do GDF para dar continuidade nas negociações para o fim da greve.
A categoria pede aumento salarial para 2013 e 2014. O Sinpro alega que o reajuste concedido em 2011, de 13,83%, equivale ao crescimento do repasse do Fundo Constitucional do DF. A categoria também pede a implantação do plano de saúde para os servidores e a convocação dos docentes aprovados em concurso, além da reestruturação do plano de carreira com isonomia salarial em relação aos demais cargos distritais de ensino superior.
O GDF alega não ter como reajustar salários sem ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. O governo diz ainda ter reajustado o auxílio-alimentação em 55%, elevando o valor para R$ 307.
No DF, um professor apenas com graduação tem remuneração inicial de R$ 3.069,08 por 40 horas semanais somadas o salário-base a gratificações. Se estiver no regime de dedicação exclusiva, o salário inicial, com as gratificações, é de R$ 4.226,47. Se o professor tiver mestrado, a remuneração sobe para R$ 3.572,60 (R$ 4.923,65 em dedicação exclusiva). Com doutorado, o professor ganha R$ 3.732,27 de salário inicial (R$ 5.144,73 em dedicação exclusiva). Os dados se referem ao início de carreira.

Maranhão
Os professores estão em greve em São Luís desde 31 de janeiro deste ano. A categoria reivindica reajuste do piso salarial em 22,22%; acréscimo de 1/3 de hora-atividade (permanência em salas de aula) e o fim da terceirização de serviços. Até o momento os professores não receberam nenhuma proposta da administração municipal. No dia em que receberia, o prefeito de São Luís, João Castelo, adoeceu.

Situação normal no Rio de Janeiro
Os professores do Rio de Janeiro e da capital não estão em greve. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) informou que houve paralisação de 24 horas dos professores nos dias 28 de fevereiro, 14 de março e 28 de março, no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o sindicato, há uma nova data marcada para paralisação em 19 de abril.
Procurados, a Secretaria estadual de Educação informou que, no dia 28 de fevereiro, pararam apenas 179 professores. No dia 14 de março, apenas 193. E no dia 28 de março, somente 186 – o que representa cerca de 0,2% de um total de 78 mil profissionais.
Ainda de acordo com o sindicato, eles reivindicam reajuste salarial de 36%, incorporação da nova escola na totalidade, enquadramento por formação no plano de cargo por salários dos funcionários.
Segundo a secretaria estadual, o governador Sérgio Cabral e o secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, decidiram, no dia 26 de março, antecipar as parcelas restantes do programa Nova Escola. O reajuste será de 14,11%. Os novos vencimentos valem a partir de 1º de maio.
Já na rede municipal, segundo o Sepe-RJ, houve paralisação somente no dia 14 de março. A reivindicação é de um plano de carreira e recomposição inflacionária. Também procurada, a Secretaria municipal de Educação informou que a recomposição acontece anualmente no mês de junho. Os cálculos são feitos pela Secretaria Municipal de Fazenda.
A SME esclarece ainda que na última paralisação, realizada no dia 14 de março, somente 2% dos professores e 4% do pessoal de apoio, no primeiro turno; e 1,4% dos professores e 0,7% do pessoal de apoio, no segundo turno, aderiram à greve.

Negociações pelo país

Em Natal, os professores entraram em greve na sexta-feira (30). Sindicato pede correção salarial de 22,22%. Prefeitura oferece 10% de reajuste. Em Goiás, os professores da rede estadual de ensino ficaram em greve por 51 dias, que foi encerrada em 27 de março.

No Piauí, o governo estadual garantiu o piso salarial de R$ 1.451 a partir de maio, retroativo a janeiro. Os professores estaduais estão paralisados desde 27 de fevereiro. O estado informou ter contratado 506 professores que passaram no último concurso.

Em Teresina, professores de 60 das 302 instituições de ensino estão em greve desde 6 de fevereiro deste ano. O sindicato da categoria reivindica um reajuste de 65,9% para o magistério em relação ao cumprimento da Lei Federal 11.738; redução dos horários pedagógicos; concessão do auxílio transporte para todos os servidores efetivos da administração direta e indireta que fizerem jus a esse direito.
A prefeitura municipal ofereceu, entre outras propostas, reajuste linear de 6,22%, com mais 12% nas gratificações GID, GIO e GEZOR e 39,1% na GIT. A administração municipal garantiu o valor do piso nacional e gratificações. A prefeitura elabora um estudo sobre horário pedagógico até julho. O governo de Teresina ampliou o percentual de incentivo à titulação dos especialistas de 7,5% para 10% e dos mestres de 15% para 18%, além de garantir a convocação dos aprovados no último concurso público até outubro de 2012.

Em Rondônia, os professores da rede estadual fizeram greve de 23 de fevereiro a 19 de março deste ano. O governo manteve o reajuste salarial de 6,5%, aumento de 40% nas gratificações dos servidores, readequação do salário de 860 professores nível I ao novo piso nacional de R$ 1.451,18 (aumento de 22,22%), com data retroativa a 1º de janeiro.

Com relação aos professores da rede municipal de ensino de Curitiba, a Câmara de Vereadores aprovou em primeira discussão, nesta segunda-feira, um reajuste de 8,09%. O Sindicato dos Servidores do Magistério de Curitiba (Sismmac) informou que está satisfeito com o reajuste. A categoria chegou a fazer uma greve em 14 de março e voltou ao trabalho em 16 de março.

Em Salvador, a Câmara Municipal aprovou, nesta segunda-feira, o Projeto de Lei enviado pelo prefeito João Henrique, que concede reajustes de salários para os professores, em índices de 22% a 54%. Os reajustes entram em vigor a partir de 1º de maio. A exceção é para os professores de o chamado quadro suplementar (que não têm nível superior). Nesse caso, o reajuste, de 22% será concedido retroativo a 1º de janeiro. Os professores do estado e da capital não estão em greve.

Em Pernambuco, as aulas da rede estadual e municipal de ensino foram retomadas em 19 de março. A paralisação durou de 14 a 16 de março. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), com as atividades escolares normalizadas, será iniciada uma nova tentativa de diálogo com o governo.

Em Santa Catarina, a Coordenadoria Executiva de Negociação e Relações do Estado (Coner) se reuniu, nesta segunda-feira (2), com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública do Ensino do Estado (Sinte-SC). A proposta do governo foi de reajuste de 22,22% em três parcelas. Este ano, todos os professores já receberam aumento de 4%, na folha de pagamento de janeiro, e receberão outros 4% em maio. Os 14,22% restantes serão concedidos em 2013 e 2014. A categoria, que não está em greve, negou a proposta.
Sindicatos dos professores RS em negociação salarial na Assembleia Legislativa.

Estado de greve
Apesar de não ter greve no Rio Grande do Sul, a categoria está em “estado de greve” desde 2 de março. O Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) aderiu à paralisação nacional nos dias 14, 15 e 16 de março.
A reivindicação é pelo pagamento do piso nacional, de R$ 1.451 para professores de nível médio por 40 horas semanais. Porém, eles já afirmaram que aceitam o aumento de 23,5% oferecido pelo governo até 2014, mas em parcela única. Com isso, o valor do piso estadual fica em R$ 1.260, abaixo do piso nacional. A proposta votada e aprovada na Assembleia Legislativa em 20 de março. O reajuste foi parcelado em três vezes: 9,84% concedidos em maio de 2012, 6,08% em novembro e 6% em fevereiro de 2013.
Os professores em Porto Alegre não estão em greve. A princípio não há divergências quanto ao salário. No dia 11 de abril, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) devem fazer uma reunião anual para analisar os números.

Fonte: G1

sábado, 21 de abril de 2012

Qual a Diferença de Faculdade, Universidade e Centro Universitário


Por Jardel Lima

Você até pode ouvir um monte de siglas para os nomes das instituições de ensino superior, mas a verdade é que só existem três tipos delas no Brasil: as universidades, os centros universitários e as faculdades.
E qual a diferença na prática? Segundo Ivelise Fortim, professora da PUC-SP e coautora do livro "Orientação Profissional Passo a Passo", basicamente, é uma só: "Quando você está dentro da universidade, tem maior chance de participar de pesquisas e de fazer iniciação científica (projeto de estudos durante a graduação)".
Tudo depende, de acordo com Ivelise, do interesse do estudante: "Se ele tem a intenção de voltar sua formação somente para a entrada no mercado de trabalho, tanto faz o tipo de instituição que escolher", aponta.
É claro que esta é uma generalização, já que há faculdades que fazem pesquisa séria, têm trabalhos com a comunidade e boa qualidade de ensino. Ao mesmo tempo, também existem universidades que deixam a desejar nas condições de ensino.
Por isso, na hora de escolher, é preciso ficar atento se a instituição de ensino cumpre o que é exigido pelo MEC (Ministério da Educação) e pela lei brasileira.

Universidade
As universidades devem oferecer, obrigatoriamente, atividades de ensino, de pesquisa e de extensão (serviços ou atendimentos à comunidade) em várias áreas do saber. Elas têm autonomia e podem criar cursos sem pedir permissão ao MEC.
As federais são criadas somente por lei, com aprovação do Congresso Nacional. As particulares podem surgir a partir de outras instituições como centros universitários.
Os requisitos mínimos são os seguintes: 
- Um terço do corpo docente, pelo menos, deve ter título de mestrado ou doutorado. Quanto maior a titulação dos professores, mais tempo de pesquisa e mais experiência para transmitirem aos estudantes. 
- Um terço do professorado deve ter contrato em regime de tempo integral - esses são os profissionais que costumam oferecer maior dedicação à instituição. Quando um docente é contratado para poucas aulas, normalmente, tem menos tempo para atender os universitários e para desenvolver projetos de pesquisa e extensão. 
- Desenvolver, pelo menos, quatro programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) com boa qualidade - um deles deve ser de doutorado.


Centro universitário
Os centros universitários, assim como as universidades, têm graduações em vários campos do saber e autonomia para criar cursos no ensino superior.
Em geral, são menores do que as universidades e têm menor exigência de programas de pós-graduação. No entanto, há algumas regras que eles precisam cumprir: 
- Ter, no mínimo, um terço do corpo docente com mestrado ou doutorado. 
- Ter, pelo menos, um quinto dos professores contratados em regime de tempo integral (observe que o percentual é menor do que o exigido nas universidades).

Faculdade
As faculdades são instituições de ensino superior que atuam em um número pequeno de áreas do saber. Muitas vezes, são especializadas e oferecem apenas cursos na área de saúde ou de economia e administração, por exemplo.
Outra diferença para os centros universitários e universidades é a seguinte: quando uma faculdade pretende lançar um curso, ela tem de pedir autorização do Ministério da Educação - ou seja, não tem autonomia para criar programas de ensino. Contudo, as faculdades devem cumprir uma exigência: 
- O corpo docente tem de ter, no mínimo, pós-graduação lato sensu - normalmente menores do que os mestrados e doutorados.

Fonte: UOL Vestibular e MEC