Informativo dos alunos do curso de Letras da FIP / UNIBR

"Tudo está na educação. O pêssego dantes era uma amêndoa amarga; a couve-flor não é mais do que uma couve que andou na universidade."

"Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo."

"Nem todos podem tirar um curso superior. Mas todos podem ter respeito, alta escala de valores e as qualidades de espírito que são a verdadeira riqueza de qualquer pessoa."

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sábado, 2 de abril de 2011

Metodologia de Ensino


Para se discutir acerca de metodologia educacional faz-se necessário conceituá-la primeiramente. A metodologia estuda os métodos de ensino, classificando-os e descrevendo-os, sem julgar ou dar algum valor. O significado etimológico da palavra método é caminho a seguir para alcançar algum fim (PILETTI, 1995, p.102). Ou seja, a metodologia é um roteiro geral para a atividade, é ela que indica as grandes linhas de ação utilizadas pelos professores em suas aulas, pois é o meio de que lança mão para se trabalhar os conteúdos curriculares e se alcançar os objetivos pretendidos.

No final do século passado, os métodos tradicionais se revelaram inadequados às características da sociedade em transformação, começaram, então, a surgir os métodos novos, que procuraram apoiar-se na estrutura psicológica do aluno.

É importante salientar, ... que os métodos chamados tradicionais ou novos são assim considerados em razão do enfoque central que dão aos diferentes elementos envolvidos na ação educativa. Da mesma forma que caracterizamos a educação tradicional como apoiada na autoridade, no professor, e a educação renovada como aquela que se fundamenta no aluno, nas suas motivações e em seus interesses, os métodos de ensino podem ser entendidos nessa mesma linha de raciocínio.Com o conhecimento cada vez maior das ciências da educação, é natural que os métodos também passem a ser afetados pelos novos conhecimentos que se adquirem dia a dia a respeito da aprendizagem (PILETTI, 1995, p. 103).

Entende-se por metodologias tradicionais os métodos em que cabe ao professor transmitir os conhecimentos, e aos alunos apenas recebê-los de forma passiva, ouvindo, memorizando e repetindo o conhecimento. Já as novas metodologias procuram basear-se no princípio de que a criança é um ser em desenvolvimento, cuja atividade, espontânea e natural, é condição para seu crescimento físico e intelectual. A participação ativa do aluno consubstancia-se primordialmente no espaço que o professor reserva para as descobertas do educando (PILETTI, 1995, p.104). Os novos métodos preocupam-se, principalmente, com a vida social da criança, fator este fundamental para seu desenvolvimento intelectual e moral.

De acordo com Daolio (1998), na Educação Física os métodos tradicionais foram considerados aqueles em que o conhecimento gira em torno das modalidades esportivas, aos tratados de fisiologia esportiva e a manuais de preparação física, de forma mecânica e automatizada. De acordo com BETTI apud DAOLIO (1998, p.51), "na primeira metade desse século, a discussão, no máximo, referia-se aos métodos de ginástica aqui implantados: o sueco, o francês, a calistenia e outros de menor repercussão". Posteriormente a esse período, os profissionais dessa área começam a refletir sobre a Educação Física não somente como uma atividade técnica ou biológica, mas sim como um fenômeno psicológico e social buscando, em estudos na área da pedagogia e da psicologia, base para a construção de novas teorias e metodologias da educação física escolar.

Foi a partir da década de 70 que no Brasil houve um desdobramento de várias vertentes na Educação Física. Entre os profissionais de educação física dessa disciplina ganha destaque a psicomotricidade, influenciada por obras de Le Bouch e Piaget, e que valoriza a formação integral da criança, centrada na "educação pelo movimento". Outra linha de estudo que serviu como norteadora foi à educação física humanista que se opunha à visão fragmentada do comportamento humano, à mecanização e automatização de movimento.

Já na década de 80, João Batista Freire propõe uma redescoberta do corpo. "A educação da motricidade de que fala Freire se constituiria numa educação das habilidades motoras permitindo ao homem expressar-se" (DAOLIO, 1998, p.48). O autor valoriza o conhecimento espontâneo de jogos, brincadeiras e atividades motoras desenvolvida pela criança, dando ênfase, assim, à cultura infantil.

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